O Conselho de Administração é o orgão de gestão responsável pela condução da empresa familiar.

Uma organização é uma entidade que deve ter um órgão que assuma de forma inequívoca a sua liderança. Podendo a condução ser assumida por uma única pessoa, o mais natural é possuir uma equipa constituída por várias pessoas.

O estudo da Atrevia (Os valores e a comunicação na empresa familiar) questionou os seus inquiridos quanto à fase em que se encontravam relativamente ao funcionamento do Conselho de Administração.

Em cerca de dois terços dos casos o mesmo já está implementado e somente em cerca de 21% é que não se havia iniciado.

Para que a sociedade seja liderada de uma forma profissional, é importante que todos conheçam o perfil de composição do Conselho de Administração membros executivos vs não executivos; independentes vs não independentes; familiares vs não familiares; o seu regulamento de competências: quem pode decidir o quê (seja de forma individual – atribuição de pelouros, ou colegial); o sistema de avaliação do seu desempenho do órgão e seus membros; a sua remuneração (fixa, variável, senha de presenças).

No caso das sociedades comerciais limitadas, este sistema de gestão pode e deve ser ajustado à sua realidade, pois permitirá aos gerentes e aos sócios usufruírem de melhores práticas de gestão.

 

O grupo Impresa teve a sua génese em 1972, ano em que Francisco Balmesão lança a Sojornal, com o intuito de lançar um semanário de qualidade e independente – o Expresso nasce em janeiro de 1973.

Em 1991 é aberto o capital da holding Impresa, que reunia todo o grupo de comunicação social entretanto gerado, antes um ano do lançamento do 1º canal privado de tv portuguesa.

Atualmente a Impresa possui um modelo de governo suportado num Conselho de Administração com 8 membros (de 11 possíveis), dos quais 7 são não executivos e somente o Administrador Delegado é executivo.

O Presidente é Francisco Balsemão, o Vice-Presidente é o seu filho Francisco Maria e o Administrador Delegado (CEO) é o outro filho Francisco Pedro.

Existem 3 administradores independentes.

Em 2016 o Conselho de Administração reuniu 16 vezes, sendo que a assistência dos seus membros foi: 3 em pleno, 4 faltaram a 1 reunião e um a 3.

O CEO tem o seu desempenho avaliado por 6 itens: “Comunicação, Impacto e Influência”; “Da Visão aos Resultados”; “Gestão e Desenvolvimento de Equipas”; “Orientação para os Clientes e/ou Públicos-Alvo”; “Espírito de Equipa e de Grupo”; e “Melhores Práticas, Inovação e Mudança”.

Existe um regulamento do Conselho que delimita muito bem as competências do Presidente, Vice-Presidente e do CEO e define como matérias indelegáveis: a) Cooptação de administradores; b) Pedido de convocação de assembleias gerais; c) Aprovação de relatórios e contas anuais; d) Prestação de cauções e garantias pessoais ou reais pela sociedade; e) Mudança de sede; f) Projetos de fusão, de cisão e de transformação da sociedade; g) Definição de opções estratégicas do Grupo; h) Definição da estrutura empresarial do Grupo; i) Aprovação do orçamento anual.

Temas para Reflexão:

  • Qual o modelo real de governo da nossa empresa?
  • Estão bem definidas as competências de cada órgão e pessoa?
  • Como avaliamos os seus desempenhos? 
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