3. Nos três últimos anos desde que me tornei responsável da nossa Empresa Familiar, que se encontra na segunda geração, dupliquei as vendas e quadrupliquei os lucros mas a minha mãe e as minhas três irmãs (duas das quais estão envolvidas na empresa) questionam quase tudo aquilo que faço. Não tenho recebido nada mais do que críticas quando penso merecer apreço, ou mesmo elogios. Isto é normal? Se não conseguir fazer algo para melhorar esta situação vou-me embora. Tem alguma ideia que me possa ajudar?

Apesar de não dispormos de toda a informação que entendemos relevante, parece-nos que está a desempenhar muito bem um trabalho que é duro. Mesmo perante um comportamento perturbador, frustrante e consumidor de tempo, por parte de alguns dos membros da Família, tal não o impediu de fazer progressos na Empresa.

Aqui estão algumas sugestões:

  • Clarifique e obtenha o consenso sobre as responsabilidades da direção. Identifique as ações e decisões que lhe cabem a si enquanto responsável e, de acordo com as responsabilidades
    acordadas, poderá ser avaliado com base no seu desempenho.
  • Esclareça claramente a quem deve reportar – provavelmente à gerência – e em
    contrapartida, será essa entidade ou pessoa que o deverá avaliar.
  • Inicie um processo de desenvolvimento de um Protocolo Familiar, preferencialmente
    moderado por um profissional com experiência e conhecimentos específicos sobre Empresas Familiares. Necessitam de obter um consenso sobre as fronteiras entre a Empresa e a Família e sobre as regras que guiam e governam as suas relações.

A sua situação não é única, como recentemente nos referiu um outro gerente, uma das chaves do êxito da gestão éfazer os colaboradores sentirem-se apreciados“. Isto é especialmente verdade nas Empresas Familiares em relação ao seu colaborador mais importante – o membro da Família que aceitou a responsabilidade de liderar o negócio.

Infelizmente, muitas pessoas na sua posição recebem uma apreciação que não corresponde aos seus esforços e sacrifícios em nome da Empresa e da Família, pelo que é necessário encontrar um meio de inverter esta situação.

 

Nota: Este texto faz parte da coluna “Empresas Familiares – Perguntas e Respostas“, publicada no jornal “Metal” de 26 junho de 2015

 

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