As Empresas Familiares criam Emprego e geram Riqueza para a empresa, a família, os empregados, o meio envolvente.

Existem elementos caraterísticos da maioria das empresas familiares, sendo que dois dos mais significativos são a sua capacidade de criar emprego e gerar riqueza para todos os intervenientes.

O negócio familiar costuma surgir nas proximidades de residência da família empreendedora, aproveitando as múltiplas sinergias daí decorrentes: conhecimento dos principais influenciadores locais, facilidade de conjugação família trabalho, atração de mão de obra local, etc.

O estudo “Empresas familiares da Região Norte: Mapeamento, Retratos e Testemunhos”, de 2018, desenvolvido pela UMinho, analisou a distribuição geográfica das empresas pelos municípios do território.

Em termos genéricos verifica-se uma grande concentração das sociedades nas áreas do grande Porto, faixa litoral e envolventes dos rios Ave, Cávado, Lima, Sousa e Tâmega.

Esta aglutinação pode ser suportada em diversas dinâmicas: maior número de pessoas, acesso mais fácil aos recursos e um “fator contagiante” de desenvolvimento de negócios à volta de outros negócios.

As infraestruturas proporcionadas pelas redes viárias e pelos próprios municípios têm vindo a facilitar o desenvolvimento das empresas na maioria do território do norte do país, devendo ser um movimento a potenciar para que o fator trabalho permita fixar e atrair mais pessoas e, consequentemente, gerar mais riqueza de uma forma mais distribuída.

A Riopele nasceu pelas mãos de José Dias de Oliveira que, em 1927, instala dois teares para a produção de tecidos num moinho de água, situado na margem esquerda do rio Pele, em Pousada de Saramagos (Vila Nova de Famalicão).

Com o seu desaparecimento em 1953, o filho José Dias de Oliveira, com 22 anos, assume a liderança da empresa e, em 1958 são realizadas as primeiras exportações para os mercados nórdicos e são criadas redes de agentes em diversos países. Com a instabilidade social posterior a Abril de 1974, os trabalhadores colocam-se ao lado da Administração e recusam as greves. A nova passagem de liderança acontece em 2007, quando José Alexandre Oliveira, neto do fundador, assume a responsabilidade de defender o legado com 80 anos de história.

O atual líder acredita na indústria e não vaticina a sua morte no nosso país ou mesmo na Europa.

A empresa produz mais de 700 mil metros de tecido por mês para as grandes marcas da moda mundial, exporta 96% da produção diretamente para mais de 30 países, possui um volume de negócios superior a €70 milhões, emprega mais de 1.100 empregados, pelo que sem dúvida alguma contribui de forma muito significativa para a geração e manutenção de emprego e riqueza, da região onde se encontra inserida e da balança comercial do país.

Temas para Reflexão:

  • Como potenciar a instalação e crescimento das empresas fora da área do grande Porto?
  • A localização do emprego pode ser um fator de fixação da habitação?
  • O nível de qualidade de vida fora dos grandes centros é suficiente para captar e reter as pessoas?

 

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