A remuneração deve refletir a dedicação, pelo que se se trabalha a tempo parcial …

11. A minha irmã pretende dedicar mais tempo à família e reduzir o horário de trabalho em 50%, pretendendo manter o mesmo valor global de remuneração. Considero esta posição injusta para com a empresa e para com os que lá trabalhamos, no entanto o que poderei fazer se os principais sócios, nossos pais, estão de acordo?

Esta oportuna questão levanta duas situações muito particulares. A primeira tem a ver com a política da empresa relativamente à permissão de exercer funções em tempo parcial e, se tal opção for admissível, deve estar clarificada a segunda situação: em que condições pode ocorrer, considerando no mínimo as variáveis período de tempo e ajuste salarial.

Sendo os sócios favoráveis a esta dedicação parcial ao trabalho, acrescida da manutenção do salário – posição que lhes parece legítima, mas considerada injusta pelos restantes filhos, propomos a estes irmãos que efetuem uma reunião com os sócios (pais) e a irmã onde:

1. Manifestem o acordo (se é o caso) ao trabalho a tempo parcial na empresa (para familiares ou extensível a todos),

2. Refiram a necessidade da empresa ter de distribuir as funções ou contratar outra pessoa para as assumir,

3. Salientem ainda que:

a. ser justo para com a empresa e todos quantos nela trabalham, aconselha a que a remuneração seja ajustada à nova situação,

b. estando acordado o princípio de atuação em caso de tempo parcial, então que qualquer um dos irmãos possa ter opção por esse regime,

c. qualquer ocorrência deverá ser previamente preparada para minimizar o impacto na empresa.

4. Finalmente, que se analise o impacto na empresa se todos desejarem optar por tal regime.

Com esta reflexão conjunta certamente vão chegar a um consenso sobre o tipo de atuação d a empresa (sócios) para com uma situação idêntica à relatada.

 

Nota: Este texto faz parte da coluna “Empresas Familiares – Perguntas e Respostas“, publicada no jornal “Metal” de 24 de março de 2016

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