Se lêssemos o texto do designado “pacto sucessório” entre os condes D. Raimundo e D. Henrique no século em que pela primeira vez apareceu publicado, seria possível datá-lo por volta de 1085, durante o cerco de Toledo.

Trata-se de uma cronologia impossível para os historiadores contemporâneos mas era perfeitamente admissível para os historiadores modernos. Procedemos a uma análise minuciosa do texto, tendo detectado outros anacronismos e incongruências, num cenário cujo objectivo principal parece ser o de demonstrar a ilegitimidade do reino de Portugal. Analisando, perfunctoriamente, as condições em que o documento aparece impresso, no decurso da guerra da restauração da independência, e tomando em consideração que o manuscrito nunca apareceu, concluímos que se pode tratar da produção de um falsário erudito do séc. XVII.

 

Nota da efconsulting, ao excelente artigo do seu colaborador Abel Estefânio:

Independentemente da sua veracidade, agora posta em causa, trata-se do que podemos denominar como provavelmente o 1º “Protocolo Familiar”, desenvolvido pelos dois primos Raimundo e Henrique.

 

Tags: