Subsídio de Natal em outubro?

Bizarra decisão?

Gestores de património alheio e incompetentes?

O que dizer desta comunicação numa empresa? 

 

Caro(a) Colaborador(a)

Nesta sua empresa, o Subsídio de Natal (SN) é processado habitualmente no final do mês de novembro.

Seria certamente em dezembro que faria as suas compras. Prendas, doces da época, alimentos para a ceia e dia de Natal…

Tendo em conta o período que vivemos, queremos convidá-lo a alterar esta prática, excecionalmente este ano.

E porquê? Porque com toda a certeza haverá uma grande concentração de pessoas a fazer as suas compras no mês de dezembro. Se se juntar a elas, vai estar exposto a um risco adicional de contágio deste coronavírus que tanta gente tem importunado e até desgraçado.

Então, como podemos contornar o problema? Antecipando as referidas compras. Mas, para isso, certamente que é necessário ter algum dinheiro extra e o SN é normalmente usado para tal.

O Conselho de Administração, sensível à minimização de todos os riscos que possam contribuir para ultrapassar esta pandemia com a menor perturbação, decidiu antecipar para outubro o pagamento do SN.

Assim, juntamente com o seu salário de outubro, irá receber o SN a que tem por direito.

Resta-nos deixar-lhe dois apelos muito claros:

  1. Queira colaborar com esta ideia e faça todas as suas compras durante o mês de novembro, de preferência na 1ª semana ou na 1ª quinzena;
  2. Se não pretender (ou não conseguir) seguir esta sensata sugestão, então deve cuidar de manter guardado o dinheiro para o poder utilizar posteriormente, no momento próprio.

Fuja aos ajuntamentos de pessoas. Faça as suas compras nos próximos dias.

Beneficiará assim de uma menor exposição ao risco de contágio do coronavírus.

Boas compras!!!

Grupo de Gestão

 

Esta comunicação é real e foi remetida a todos os trabalhadores da Produtiva – Fábrica de Redes, SA. -uma empresa familiar com 110 anos e detida pela família Gouveia.

Os decisores são excelentes profissionais que possuem um rosto e refletem na sociedade os valores que defendem.

Temas para reflexão:

  • Quantos “pregadores” estão disponíveis para se transformar em”seguidores“?
  • Quantas Administrações inovam nas suas práticas?
  • Quantos Acionistas corroboram tais atitudes?

 

Nota: Agradeço à Administração da Produtiva a autorização para publicar esta comunicação interna. Os bons exemplos e “com rosto” são mais suscetíveis de serem apreciados e, em especial, seguidos. Esperemos que esta disponibilidade recolha aceitação em muitas outras sociedades.

 

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