A empresa familiar é uma importante fonte geradora de empregos e de fixação das populações.

A maioria das empresas familiares arranca e desenvolve as suas empresas na área geográfica de residência da família, o que permite disponibilizar postos de trabalho e reter famílias nas proximidades.

Podendo ser vista inicialmente como geradora de autoemprego ou de trabalho para familiares, é importante conhecer o impacto das empresas familiares na empregabilidade nas suas zonas de influência.

O estudo “Empresas familiares da Região Norte: Mapeamento, Retratos e Testemunhos”, de 2018, desenvolvido pela UMinho, apresentou como um ponto débil a informação escassa em termos setorial e regionalizada sobre a integração da empresa familiar na economia globalizada.

A recolha e análise de dados efetuada, por regiões na NUT III, ilustra relativamente ao emprego:

  • 81% das empresas familiares empregam menos de 10 trabalhadores,
  • 16% entre 10 e 49 trabalhadores,
  • 3% 50 ou mais trabalhadores.

Verificando-se uma expressiva predominância de um reduzido número de empregos, a sua análise deve ser vista tendo presente que:

  • o número de empresas é muito significativo, o que no computo global acaba por representar muitas centenas de milhares de postos de trabalho,
  • o número de empregos na área de influência fora das grandes cidades, em termos relativos, é muito impactante.

Conhecer o contributo e importância das empresas familiares para o desenvolvimento regional permitirá influenciar medidas relevantes para a fixação de pessoas e desenvolvimento das zonas geograficamente menos apetecíveis.

A Tanoaria J. M. Gonçalves é uma empresa familiar que alia a experiência de cerca de 100 anos de atividade à utilização das tecnologias mais avançadas, o que tem permitido uma progressiva conquista dos mais exigentes mercados nacionais e internacionais.
Instalações modernas, tecnologia de ponta e o saber adquiridos por 4 gerações de tanoeiros, geram produtos distintivos e de elevada qualidade.

A arte de tanoeiro começou na família Gonçalves com Abílio Gonçalves que se iniciou no fabrico de barricas para os produtores de vinho da região de Trás-os-Montes em Portugal. Os conhecimentos foram adquiridos e prosseguidos José Maria Gonçalves que, nos anos 60, foi trabalhar em França nas mais afamadas tanoarias da época.

O sonho de levar a sua família e começar o seu próprio negócio começou por uma pequena oficina na garagem, trabalhando dia e noite com a ajuda dos filhos mais velhos. Na década de 70 regressa a Palaçoulo (Miranda do Douro) e transforma a pequena oficina do pai numa empresa.

No início do Séc. XXI, os 6 irmãos e filhos de José Maria completam o seu sonho, erguendo um edifício novo e moderno, adaptando uma empresa que não esquece as origens e preserva as tradições familiares e o conhecimento adquirido ao longo de muitos anos de experiência.

Exportando a maioria da sua produção, a empresa permite a fixação de muitas famílias no território pois dá emprego a muitas dezenas de pessoas.

Temas para Reflexão:

  • Que postos de trabalho disponibilizamos?
  • Qual a sua relevância para a envolvente onde estamos inseridos?
  • Como podemos transformar esta aposta local numa vantagem comparativa?

 

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