Tal como em qualquer outra região do país, em Bragança existem fantásticas famílias empresárias e empresas familiares.

As empresas familiares estão dispersas por todo o território nacional, sendo Bragança uma cidade que agrega muitas destas típicas sociedades.

É, e deve continuar a ser, reconhecido o papel que as sociedades familiares assumem no desenvolvimento económico da região onde estão implantadas. Ao serem uma fonte de emprego captam e retêm pessoas que:

  • fixam a sua residência familiar na zona envolvente;
  • alugam ou adquirem habitação;
  • geram e educam os seus filhos na proximidade;
  • compram bens de 1ª necessidade, de consumo ou duráveis; consomem bens e serviços complementares;
  • investem, nomeadamente na criação de novas empresas que …

Esta “economia circular” permite o desenvolvimento das zonas teoricamente mais desfavoráveis, fixando as populações e permitindo proporcionar-lhes um nível de qualidade de vida que, muitas vezes, é superior ou de uma grande metrópole.

Apesar da sua importância, mesmo que relativa quando comparada com outras organizações sedeadas em grandes cidades, estas empresas têm dificuldade de acesso e possuem uma presença residual nos grandes meios de comunicação.

O projeto Roadmap para as Empresas Familiares portuguesas – uma parceria do Centro Interdisciplinar em Ciências Sociais, Polo da Universidade do Minho e a Associação Empresarial de Portugal, visa dois grandes objetivos: conhecer o perfil das empresas familiares do norte do país e dar-lhes uma maior e merecida visibilidade.

É neste âmbito que no site http://roadmapef.ics.uminho.pt está já disponível um questionário – para o qual convidamos desde já todas as empresas familiares do norte a colaborarem – e que se estão a realizar diversos workshops em distintas cidades da região.

Depois de Vila Verde, Peso da Régua e Viana, foi a vez de Bragança onde, com a fantástica colaboração e empenho do Nerba – Associação Empresarial do Distrito de Bragança, decorreu mais uma sessão do workshop “Empresas familiares – Enfrentar os desafios, assegurar a continuidade”, dinamizado por António Nogueira da Costa, da efconsulting.

O evento incluiu a apresentação do projeto e seus objetivos, por parte da sua responsável Ana Paula Marques, professora da Universidade do Minho e uma mesa redonda constituída por Ana Paula Louzada, em representação do Nerba, e três empresários, de outras tantas famílias empresárias, que dedicaram uma parte da sua tarde a contribuir para um excelente debate sobre a temáticas das empresas familiares e que merecem a devida apresentação e reconhecimento.

Alexandrina Fernandes representou o grupo A. Montesinho, que é reconhecido por três grandes categorias de negócios: alimentares suportados nos porcos de raça bísaro; no fantástico restaurante típico D. Roberto (sucessor da taberna fundada em 1935 por António e Beatriz Fernandes), onde esses mesmos produtos podem ser degustados e adquiridos e que está localizado em Gimonde, onde também está implantada a respetiva fábrica e uma das casas de turismo de habitação, que é a outra grande área de desenvolvimento dos negócios familiares.

A Serralharia Serrana existe há mais de 25 anos, tendo sido fundada pelos pais de Eugénio Afonso. Localizada em Nogueira, Bragança, dedica-se essencialmente ao fabrico de caixilharia em aço inox e ferro.

A Vipani, fundada em 1994, esteve representada pelo seu fundador e sócio gerente João Vieira. Sedeada em Mirandela e com filial em Viseu, emprega cerca de 20 pessoas que se dedicam a produzir produtos para a pastelaria e a panificação.Dos diversos temas abordados surgem as três perguntas para reflexão.

Temas para Reflexão:

  • O que fazer para que os nossos filhos desejem participar na empresa familiar?
  • O que fazer para desenvolver e fazer crescer o nosso negócio a partir da sua localização atual?
  • Como abordar a questão da propriedade da empresa com sócios sem continuidade familiar?
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