A composição dos Conselhos de Administração nas Empresas Familiares

Os Conselhos de Administração com diversidade podem ser um ponto forte nas Empresas Familiares.

Os acionistas de uma empresa delegam a gestão corrente da sua sociedade num órgão de gestão que, na maioria das vezes, é composto por mais do que uma pessoa. Esta equipe colegial é denominada por Gerência, nos casos das Sociedades Limitadas, ou Conselho de Administração, quando se refere a uma Sociedade Anónima.

O estudo da Russel Reynolds que estamos a analisar, focou-se essencialmente nos Conselhos de Administração e verificou que estes em média são compostos por 7,4 pessoas, existindo uma variação de cerca de 2 elementos entre as médias dos participantes da Itália, com o menor número, e a de maior valor alcançada em França.

Não existindo dados para Portugal, decidimos recolher uma amostra a partir de um conjunto de empresas que a que se teve acesso à necessária informação. Não existindo uma variação significativa da média do nº de administradores relativamente ao estudo, verifica-se, contudo, que as empresas cotadas possuem cerca de mais 1,6 elementos e as não cotadas de menos 1,7.

A titulo ilustrativo, comparou-se duas destas empresas, ligadas ao setor da construção (Mota Engil e Conduril), onde o número de Administradores da sociedade de maior dimensão é o dobro da outra entidade.

Por curiosidade, a relação entre as duas sociedades em variáveis como a faturação, os resultados líquidos e o número de colaboradores é de cerca de 10 a 12 vezes, valor que baixa para 3,5 no caso dos capitais próprios.

O principal fator que se deve relevar, é que as empresas familiares são sociedades que adotam boas práticas de governo, implementando órgãos colegiais de condução dos negócios que lhes permitem competir nos mercados concorrenciais onde atuam (a maioria da faturação das duas empresas citadas é obtida no mercado internacional), o que denota a enorme capacidade e profissionalismo dos seus Conselhos de Administração.

Temas para Reflexão:

• Qual é a dimensão do nosso Conselho de Administração?

• Está ajustado às necessidades da empresa?

• Reflete as distintas posições acionistas da sociedade?

Tags: acionista, conduril, conselho administração, empresa familiar, mota, russel reynolds