7. Fundei a minha empresa (tenho 100% do capital) há 45 anos que, com muito trabalho, dedicação e tempo “roubado” à família, felizmente está robusta e com futuro assegurado pelo trabalho dos meus filhos integrados na mesma. A minha questão é quando, quanto e como devo passar a propriedade para os herdeiros?
A sua pergunta é muito pertinente e de uma amplitude que implica conhecer muitos mais detalhes para se conceber e apresentar algumas das imensas alternativas ajustadas; contudo, como o desafio deste consultório é apresentar algumas orientações, assim o faremos de forma muito limitada, com uma indicação para cada uma das três questões consideradas:
- QUANDO – se não pretende que seja somente pela herança natural, será bom fazê-lo desde já e por fases. Tornar os descendentes proprietários é uma das melhores vias de os formar para se tornarem excelentes acionistas.
- QUANTO – deve ponderar manter uma posse maioritária (mais de 50%), pelo menos durante uns anos, pelo que, atendendo ao número de filhos e ao número de períodos que gostaria de alocar a essa distribuição de propriedade, permite dar uma ideia das percentagens a passar.
- COMO – existem muitas alternativas a considerar que podem passar por doação, aumento de capital, venda, etc.
A conjugação dos três elementos atrás considerados oferece um basto conjunto de alternativas que, tendo presente as pessoas em causa, as relações de confiança, as vontades pessoais, … permitirá que, em conjunto com o seu cônjuge, possa eleger a mais adequada.
Nota: Este texto faz parte da coluna “Empresas Familiares – Perguntas e Respostas“, publicada no jornal “Metal” de 27 de novembro de 2015
CEO da efconsulting e docente do ensino superior.
Especialista na elaboração de Protocolos Familiares, Planos de Sucessão, Órgãos de Governo, acompanhando numerosas Empresas e Famílias Empresárias.
Orador em seminários, conferências e autor de livros e centenas de artigos relacionados com Empresas Familiares.