Foi o próprio que criou a empresa, mas Carlos Ferreira herdou o conhecimento do pai que trabalha com ele e paga mão de obra à peça para satisfazer os cerca de 200 clientes que tem em todo o país.

Carlos Ferreira formou-se em gestão hoteleira, chegou a abrir um restaurante em Viana do Castelo, que não vingou. Aos 28 anos, decidiu que queria aprender a ser alfaiate com o pai. Correu bem.

Dez anos depois é Carlos Ferreira quem afirma: “Voltámos aos anos de ouro dos alfaiates”.

É o único alfaiate de Viseu com menos de 40 anos e no país só há mais dois, um em Lisboa e outro no Porto.
“Está a crescer uma geração de jovens com poder económico que tem gosto de vestir bem, com exclusividade e qualidade”, afirma o alfaiate que faz fatos para advogados, políticos, empresários e emigrantes.

Com um enteado, por enquanto não pensa na sucessão da empresa, até porque antevê um problema. “Daqui a 10 ou 20 anos um alfaiate vai ser mesmo só para elites porque não há mão de obra, não há aprendizagem”, teme.

 

Participante na mesa redonda de empresários na conferência, em Viseu em 2015-10-01, sobre a “A Relação com os acionistas e a Sucessão na Propriedade da Empresa Familiar”

 

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