Aos 79 desapareceu Belmiro de Azevedo. Faleceu um grande gestor e empresário familiar.

A sua vida profissional e (raras) intervenções, definiram o seu estilo muito próprio e direto que, concordasse-se ou não, tinha a virtude de não deixar ninguém indiferente.
Desapareceu um grande empresário que teve a disponibilidade, visão e clarividência de, em entrevista à RTP 1 (Judite de Sousa, janeiro 2007), explicar o processo que desencadeou para assegurar a sua sucessão.
Posteriormente afirmaria também que “Ao contrário das pessoas, …, uma empresa pode ser de facto eterna” … e “…a única coisa que salva uma empresa é ter um plano de sucessões” (Público, 2013/03/10).
Ao encontrar uma metodologia e expor a solução para a sua sucessão, não só assegurou a continuidade pacífica da liderança da Sonae como colocou o tema das empresas familiares no âmbito público e quebrando tabus, pelo que se pode considerar que a temática pública das empresas familiares possui um período antes e depois de BA (entrevista de 2007).
Cerca de um anos antes dessa data, em conjunto com a editora Vida Económica, atrevemo-nos a solicitar um prefácio seu para o nosso 1º livro. Considerou não ser o momento adequado (compreensivelmente), mas teve a amabilidade de nos passar a frase que me permito replicar:
“O livro ‘Eu não vendi. Não o façam vocês. Empresa familiar e sucessão‘ está muito bem organizado, é claro e fácil de ler e será sem dúvida útil para gestores de empresas familiares e para os representantes da família responsáveis por escolher executivos e fazer o desafio à gestão”.
Certamente que o futuro vai reiterar a sua importância para a vida empresarial e política de Portugal.
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